ACIQI

Primeira Reunião Empresarial da Caciopar da atual gestão aconteceu em Quedas.

O presidente da Caciopar, Leoveraldo Curtarelli de Oliveira, detalhou a diretores, empresários e convidados, sábado em Quedas do Iguaçu, pontos do planejamento estratégico elaborado pela gestão 2016/2018. O trabalho colocado como meta para os próximos dois anos vai se alicerçar em três eixos centrais: Desenvolvimento local, Cultura associativista e Prestação de serviços.
No primeiro eixo, o planejamento definiu pela realização de ações de disseminação dos conceitos de desenvolvimento territorial. Os avanços nessa direção serão buscados por meio do estímulo à implantação e funcionamento de conselhos de desenvolvimento econômico, de observatórios sociais e pela criação de um fórum de acompanhamento das moções da Caciopar. Nos três, conforme Leoveraldo, o envolvimento de líderes e de entidades organizadas é fundamental.
A finalidade da cultura associativista é trabalhar para fortalecer o programa Empreender (dá suporte aos núcleos setoriais, multissetoriais e territoriais) e promover reuniões regulares do Conselho Deliberativo da Caciopar (é formado por presidentes das 46 associações comerciais representadas pela Coordenadoria). Já quanto à prestação de serviços, o foco será potencializar o mix de produtos e de serviços que as Aces oferecem às empresas. Também foi definido pelo fomento a capacitações específicas de executivos e fortalecer o departamento comercial das associações comerciais.

Vídeo orienta sobre importância do voto

Um vídeo produzido pela Fiep, a Federação das Indústrias do Estado do Paraná, foi exibido no sábado, durante reunião empresarial da Caciopar em Quedas do Iguaçu. Ele traz imagens, recortes de jornais e informações de sites sobre o grau de corrupção que o País alcançou nos últimos anos.
O material mostra também resultados pontuais de operações como a Lava Jato, que levou ao banco dos réus e à cadeia políticos e grandes empresários. A mensagem central do vídeo é da importância do voto para conduzir o País por caminhos do desenvolvimento, do respeito e da prosperidade.

Araupel

Diálogo ajuda a reduzir tensão em áreas invadidas

O sócio-proprietário da Araupel, Tarso Giacomet, passou uma mensagem de otimismo aos diretores da Caciopar, aos empresários e às autoridades que participaram no sábado, no Centro da Cultura, do encontro empresarial da Caciopar em Quedas do Iguaçu. O diálogo ajuda a reduzir a tensão na cidade e nas áreas invadidas e abre perspectivas para solução a uma questão que se arrasta há anos, afirmou o industrial. Uma notícia citada como positiva por Tarso é a do recente retorno de funcionários da empresa à principal área de extração de madeira, na Pinhal Ralo.
Tarso começou a apresentação com um vídeo que mostra o grau de compromisso da Araupel com o planejamento, a técnica, o respeito ao meio ambiente, às pessoas e ao desenvolvimento. Ela conta com um viveiro de mudas com capacidade de produção de dois milhões de mudas por ano e com um complexo industrial moderno e atento às mais diversas legislações. Informou da recente inauguração de uma indústria de molduras em Guarapuava e que dobra a atual capacidade da Araupel. A fábrica exigiu investimento de R$ 150 milhões e dá emprego a 400 pessoas – o número dobrará em breve.
Outra boa notícia, conforme Tarso, é que o grupo acabou de fechar parcerias que garantem sustentabilidade em madeira pelos próximos 30 anos à indústria instalada em Guarapuava. A nova unidade trabalhará em sintonia com a de Quedas do Iguaçu, onde a empresa em setembro completará 44 anos de atividades. Os números da Araupel só não são ainda melhores devido às invasões que o grupo sofre há 20 anos por integrantes do Movimento Sem-Terra. As ações do MST levaram à formação de três assentamentos em área superior a 50 mil hectares, e que pertenciam à indústria.
Mesmo assim, o MST fez novas invasões nos últimos dois anos na região de Quedas do Iguaçu, trazendo sérios prejuízos à atividade industrial, ameaçando empregos, criando sérias dificuldades financeiras a terceirizados e promovendo uma brusca desvalorização imobiliária no município. Em Quedas, a Araupel gera 1,2 mil empregos diretos. Porém, são mais de dez mil pessoas que, de uma forma ou outra, dependem dela. Tarso informou que a empresa conta com todos os títulos e documentos que comprovam que é dona da área desde 1913. “Nos próximos dias, o TRF4 deverá pacificar a questão sobre a Rio das Cobras, a menor das áreas em questionamento, o que é uma grande notícia”, afirmou.
Durante meses a Araupel não pôde tirar madeira de suas principais áreas de corte, impedida pelo MST. Ela chegou a precisar buscar matéria-prima a 300 quilômetros de distância para não parar a indústria e preservar empregos. No recente acordo com o Movimento e a Justiça, o clima amainou porque a empresa colocou à disposição das famílias uma área de 190 hectares e que ficará a disposição delas até que o Incra encontre formas legais de assentá-las. Tarso agradeceu o apoio da Caciopar e de outras entidades em favor do constitucional direito à propriedade. 
Com as novas sinalizações, a indústria já pensa em retomar investimentos que foram paralisados. Mas, antes, precisará recompor o viveiro de mudas em áreas de plantios jovens que foram destruídos pelo MST. O presidente da Coordenadoria, Leoveraldo de Oliveira, reafirmou o apoio e disse que o respeito às leis e ao próximo é imprescindível para construir um país de sucesso social e economicamente. Depois do almoço, diretores da Caciopar e empresários fizeram uma visita técnica às instalações da Araupel. 

Decreto 442 traz dificuldades a setores da indústria

Diferente do que ocorre em outros países, no Brasil o excesso de leis e de regras traz desafios adicionais no cumprimento das exigências do fisco. Uma das dificuldades está na possibilidade de os estados elaborarem medidas acessórias e que trazem ainda mais complexidade à já desproporcional carga tributária nacional. O encontro empresarial da Caciopar, sábado em Quedas do Iguaçu, trouxe um exemplo disso. O contador Ronaldo César da Silva falou das implicações do decreto 442/2015.
O início de um desequilíbrio que traz vantagens para alguns setores do comércio e cria dificuldades a segmentos da indústria está na publicação de uma resolução do Senado que mudou a lei e criou uma nova alíquota nas relações interestaduais. Até então elas eram duas, de 7% e de 12%. E a partir de então passou a existir outra, de 4%. Com isso, uma extensa pauta burocrática, de acordos entre estados e da necessidade de bênção do Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária) foram vencidas para que a nova alíquota fosse colocada em prática.
A resolução do Senado desencadeou para mudanças em campos da Nota Fiscal Eletrônica, para a criação de novos códigos para alguns produtos e obrigações acessórias às empresas. O foco central da medida foi taxar produtos importados destinados à comercialização ou utilização em alguma etapa industrial. Ronaldo chegou a apresentar um exemplo prático do impacto do Decreto 442 no cotidiano de empresas e da indústria, e mostrou que essas perderam e que houve um desequilíbrio que não é saudável às relações comerciais, demonstrando que mudanças sensatas precisam ocorrer para preservar quem produz.
“Se beneficia um e prejudica outro, a medida em questão não é boa. O equilíbrio é fundamental para que todos os setores possam trabalhar, gerar empregos e desenvolvimento e também oferecer o retorno esperado a quem investiu, dedicou seu tempo e talento ao negócio”, ilustrou o contador. O diferencial de alíquota traz consequências inclusive aos contribuintes que se utilizam do e-commerce, além de influenciar em aspectos da substituição tributária.
Na opinião do contador Ronaldo, o único acerto da mudança é a preservação de produtos nacionais ante os importados, porém outros pontos precisam ser conhecidos e questionados: o resultado do impacto em favor do Estado, prejuízo a setores da indústria, redução da competitividade que afeta a todos, obrigações acessórias que elevaram exigências e custos e que provoca até desentendimentos entre contribuintes e empresas.

Cientista político sinaliza caminhos
para o Brasil sair de sua maior crise

Advogado e cientista político, Frederico Junkert é um estudioso atento do sutil movimento que há mais de 50 anos molda a mãe de todas as grandes crises do Brasil. Ao mesmo tempo em que aponta para atitudes fundamentais para a construção de um país diferente, contextualiza histórica, ideológica e filosoficamente as escolhas que conduziram o Brasil a um cenário muito próximo do caos já vivido na antiga União Soviética e que atualmente é experimentado pelos venezuelanos.
Há poucas décadas, afirmou Frederico, a renda per capita no Brasil era igual à da Coreia do Sul e ela correspondia a 25% da norte-americana. Hoje, o ganho médio dos brasileiros é de apenas 19% enquanto que a dos sul-coreanos é de 75% do que recebe um trabalhador nos Estados Unidos. Os políticos que conduziram o Brasil à sua maior crise são adeptos, entre outros, de teóricos como Antonio Gramsci, pensador que é o pai do comunismo italiano.
A teoria desenvolvida por Gramsci toma por base a violência que matou mais de cinco milhões de russos que se opunham às radicais mudanças iniciadas em 1917. Embora a finalidade do poder absoluto seja a mesma, nos escritos do italiano o objetivo deve ser conquistado mais pelo jogo da inteligência do que pela força brutal dos assassinatos. O foco é a hegemonia, método pelo qual o conceito de intelectual é desvirtuado. O “intelectual” passa a ser todo aquele que, independentemente do seu grau de instrução ou condição financeira, defende a causa do partido.
Em busca do que se passou a chamar de intelectual orgânico, o partido e adeptos do socialismo começaram a infiltrar as teorias de Gramsci nos mais diversos ambientes, mas principalmente em escolas, universidades, imprensa, ongs, sindicatos, igrejas e editoras. “Assim, disseminam os ideais lentamente e quando chegarem ao poder não haverá resistência à forma de governar que adotarão”, relatou Junkert sábado durante encontro empresarial organizado pela Caciopar no Centro da Cultura, em Quedas do Iguaçu.

Brasil
Junkert fez um questionamento aos presentes sobre quem são os líderes do Brasil de hoje. Quase todos eles, afirmou, têm origem na esquerda e, por isso, não há nenhum partido que agora defenda os princípios liberais e conservadores. A defesa dos socialistas é pela construção de um estado gigante, que decide sobre praticamente tudo o que diga respeito à vida dos seus cidadãos. É o oposto do que ocorre em países como os Estados Unidos, a grande potência mundial, onde o indivíduo, sua capacidade de trabalho e criativa, é valorizado. 
A Constituição de 1988 aproximou o Brasil dos princípios da esquerda ideológica, por isso ela prevê tantos direitos e poucos deveres. E isso ajuda a explicar porque o governo de Dilma Rousseff enfrenta tantas turbulências e rejeições. Não há dinheiro para fazer frente às necessidades de tantas pessoas que não produzem e não trabalham como deveriam. Quem paga a conta não suporta assistir a um cenário de destruição tão brutal, por isso exige mudanças e foi para a as ruas, conforme Frederico Junkert. Na lógica socialista há grave distorção das atribuições das instituições e o Executivo faz, pela força, suas vontades prevalecerem.
De 1991 a 2014, a renda cresceu 103%, enquanto os impostos saltaram em 184%. O setor público brasileiro avançou em 45% na renda. Com despesas aumentando em 0,3% do PIB por ano, o país caminha para a insolvência. Junkert informou sobre a criação do Foro de São Paulo, em 1990, arquitetado por Lula e Fidel Castro, de Cuba. A ideia era provar, mesmo com a queda do muro de Berlim e o fim da União Soviética, que o comunismo poderia dar certo na América do Sul e Central. Hoje, 11 desses países têm presidentes ligados a partidos que comungam com as regras do socialismo. Mas, diante dos absurdos do modelo, aos poucos o projeto começa a ruir.
Um exemplo da falta de cuidado e coerência dos socialistas com o dinheiro dos outros, conforme Junkert, pode ser medido na conta que funcionários do fundo dos Correios terão de pagar às custas do seu trabalho. Um rombo de R$ 5,6 bilhões foi produzido porque diretores decidiram investir em títulos da dívida pública da Venezuela. Outro disparate, acrescentou, está no Brasil, mesmo com sérios problemas de infraestrutura, dar dinheiro para mais de 20 grandes obras em países alinhados a ele politicamente. Aqui o que reina, afirmou, é o capitalismo do compadrio, onde cada um procura, a partir do poder público, atender aos seus interesses pessoais.

Venezuela
O Brasil estava caminhando, e ainda corre esse risco se Dilma Roussef não for definitivamente afastada, para a Venezuela. Lá, a política de Hugo Chavez e agora de Nicolás Maduro provocam um cenário indescritível. Quase a totalidade das pessoas não tem acesso a comida, energia elétrica e água tratada. Há poucos dias, o país viveu uma grande epidemia de sarna devido às condições insalubres. “Mais uma vez está aí a prova de que esse regime, que Lula e tantos outros defendem, jamais dará certo”, afirmou o cientista político. Lá, os protestos já mataram dezenas de pessoas que não concordam com uma lógica tão cruel, afirmou Junkert.
Diante de evidências e de semelhanças tão próximas à da Venezuela, os brasileiros acordaram e fizeram, em poucos meses, as três maiores manifestações populares da história do mundo. A mais recente, em maio último, levou 6,5 milhões de pessoas às ruas. A construção de um país diferente passará pela abertura à competitividade, poupança doméstica robusta, educação de qualidade, boa infraestrutura, gasto público eficiente, redução do tamanho do Estado e fim do esquema de poder da esquerda ideológica, que encontra nas universidades públicas caminho fértil. “Em vez de justificar o enorme investimento de quem paga a conta e formar cidadãos sérios, éticos e responsáveis, nossas universidades são centros formadores de militantes de esquerda”, lamentou Frederico Junkert.

Vigilância
O presidente do Movimento Brasil Livre/Paraná, Luiz Felipe Martins França, também participou do encontro da Caciopar no sábado, em Quedas. Ele afirmou que, apesar das mobilizações sociais e do resultado de operações como a Lava Jato, os brasileiros precisam estar atentos e então citou o ex-presidente norte-americano Thomas Jefferson: “O preço da liberdade é a eterna vigilância”. Caso os brasileiros voltem ao omisso repouso que durante anos permitiu o projeto de governo do PT, o País então terá um futuro extremamente preocupante pela frente.

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