ACIQI

Oficinas fortalecem a cultura associativista

Criar meios para fortalecer o entendimento e a prática da cultura associativista empresarial foi um dos pontos mais marcantes destacados durante o recente planejamento estratégico da nova gestão da Caciopar. A primeira de uma das ações nessa direção já está em andamento, com a realização de oficinas sobre a metodologia do associativismo em encontros com diretores e executivos de associações comerciais nas quatro microrregionais ligadas à Coordenadoria.

A responsabilidade de passar os conteúdos, às Aces da região Oeste, é da consultora da Faciap (Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Oeste do Paraná), Iraci Salete Mataczinski. O encontro mais recente, na Microrregião 4, ocorreu em Catanduvas com a presença de representantes de cinco Aces. Iraci falou sobre o sistema associativista brasileiro, dando ênfase à composição da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil, Faciap e Caciopar.

A CACB foi criada em 1912 e está presente em 27 estados. Atualmente, ela tem 2,1 mil associações comerciais filiadas e representa universo de dois milhões de empresas. A origem das Aces no País está na Bahia, onde foi constituída a primeira associação comercial, cerca de 60 anos antes da Confederação. A atuação dela, na época, era bastante ampla e diversificada – instituiu curso de contabilidade e geografia, importou a primeira bomba contra incêndio para atender a capital Salvador e participou de forma marcante do combate à epidemia de cólera.

A Faciap, que representa 295 associações comerciais, foi oficialmente criada em 1959. Já a Caciopar, a primeira das 12 coordenadorias estaduais, nasceu em abril de 1976. Atualmente, ela representa 46 Aces que, juntas, tem 13.680 empresas filiadas de um total de 41.447 legalmente constituídas na região. Iraci informou também sobre o modelo de gestão das entidades empresariais. Ela traçou um panorama histórico até chegar na forma atual, voltada à representatividade e ao papel da associação como agente de desenvolvimento em sua comunidade e focada na prestação de serviços aos seus filiados.

Por que existir?

Nas oficinas, diretores e executivos de Aces são informados também sobre os motivos de ser uma entidade empresarial. E eles são basicamente três: interesses dos associados, das entidades e da comunidade. Iraci então detalhou aspectos de cada um, ressaltando que uma das missões centrais da associação é contribuir para aumentar a competitividade das empresas filiadas.

Dos associados: representação classista, proposta e implementação de legislação adequada, capacitação e formação profissional, informação dirigida, simplificação burocrática e tributária, aumento de competitividade, acesso a mercados, apoio à comercialização, regulação do mercado, acesso à tecnologia, crédito e financiamento bancário, benefícios patronais, apoio ao cumprimento da legislação vigente, organização setorial, infraestrutura, apoio ao desenvolvimento local, atendimento a necessidades dos colaboradores e respectivos dependentes

 Das entidades: informação dirigida, capacitação e formação profissional, ações e projetos de rede, planejamento estratégico, elementos de gestão, sustentabilidade financeira, independência política, crédito e financiamento, estrutura física e visibilidade institucional

Da comunidade: geração de emprego e renda, capacitação e qualificação profissional, saúde, educação, transporte, esporte, cultura e lazer, segurança pública, previdência, urbanização, saneamento básico, formulação de políticas de interesse público, cidadania, fiscalização dos poderes constituídos, assistência social, meio ambiente, alimentação, vestuário, formação de líderes, justiça, inclusão social, informação, relacionamento e proximidade, acesso a produtos e a serviços com qualidade e competitividade

E quanto à linha de gestão, ela deu detalhes sobre cultura associativista, pessoas/recursos humanos, finanças, serviços, clientes, desenvolvimento local e processos internos.

Atualmente no Paraná, mais de 30% das empresas integram o movimento associativista, cuja composição da diretoria reflete o quadro social. Na Ace são avaliadas as necessidades empresariais, que são apuradas de forma sistêmica, a agenda de anseio da comunidade perante as legislações propostas, parcerias relevantes e definida a maneira de atuação da entidade na promoção do desenvolvimento local. A consultora Iraci lembrou que as entidades devem ser proativas e comprometidas com o associativismo, porque o enriquecimento de uma sociedade está ligado principalmente aos seus recursos humanos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Assessoria ACIQI

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *